ConchitaCafé – Desde o inicio de sua trajetória profissional na música, já foram três álbuns lançados. Para o público que ainda não conhece o seu trabalho, gostaria que você descrevesse para eles, o que podem encontrar em cada um dos repertórios musicais. Como você mesma os distingue?
Lia Sophia - Meu primeiro álbum Livre é um trabalho de descobertas e experimentações. Me experimento como compositora, faço parcerias, descubro um caminho de como produzir um disco, os arranjos musicais, a escolha de repertório e aprendo muito com todas as novidades que o primeiro trabalho trás consigo. E toda essa liberdade, que faz juz ao nome do disco, me trouxe muitas alegrias. A música Eu Só Quero Você, composição minha, Velhos Sonhos de Mapyu e Nilson Chaves e Boca de Débora Vasconcelos, bastante executadas nas rádios em 2005, ainda são as mais pedidas nos meus shows. Já o segundo disco Castelo de Luz, é um trabalho autoral, onde também fiz a produção e alguns arranjos. É um trabalho onde ponho em prática todas as descobertas e aprendizado adquiridos nos 4 anos que separam este do primeiro. Ele tem um conceito bem definido, desde as letras até os arranjos e os instrumentos com os quais gravamos, trazem em si uma pegada jazzística remetendo as Big Bands dos anos 60. Esse álbum recebeu diversos elogios da crítica especializada, inclusive do grande Nelson Motta, o que me deixou muito feliz, principalmente, por ser um trabalho autoral. O meu terceiro Cd Amor Amor, aconteceu de maneira despretensiosa. Em 2006 fiz um show para homenagear meus pais com as canções que eles ouviam durante a minha infância, dentre elas alguns bregas e boleros. Esse show foi um sucesso! Daí surgiu a idéia de registrar a releitura de grandes clássicos do Brega paraense dos anos 80 nesse álbum. Que apesar de ter sido lançado em maio, já o considero um grande sucesso.
ConchitaCafé - Há uma favorável disposição por produções musicais que identificam e valorizam os elementos sonoros próprios de cada cultura, num esforço de mostrar o que há de melhor no seu estado, região ou país. Com o seu recente álbum “Amor, Amor”, que nos apresenta uma releitura de canções do universo do brega, produzido na região norte, você nos afirma que este ritmo é o que melhor tem o paraense em termos de música ?
Lia Sophia - Não, absolutamente! Estaria sendo desonesta com outros gêneros que tão bem nos representam musicalmente. Por exemplo, o carimbó, que é o pai dos tambores e influencia desde os regionalistas até os rockeiros. Mas destaco sim, o Brega como a música paraense que abriu as portas das rádios, na década de 80, para a nossa música em geral. Se hoje as minhas composições e de outros artistas paraenses tem esse espaço, inclusive no cenário nacional, devemos isso aos clássicos bregueiros.
ConchitaCafé - Você imprimi no álbum “Amor, Amor” uma interpretação cheia de personalidade especialmente, pelo arranjo ousado que você garantiu às canções. Com sua voz e talento instrumental e com composição, as alternativas musicais para você são amplas. Nos revele os principais motivos que te fizeram decidir pela musica brega neste novo trabalho.
"não faço nada que outras mulheres não façam diariamente".
ConchitaCafé - Uma musica que você gostaria de ter feito ?

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